Potencialidades Turísticas

Conhecido por sua produção artesanal e industrial em tecelagem, realizada no Distrito de Caraibeiras, onde se produzem diariamente milhares de redes, mantas, tapetes e colchas, distribuídos para diversos estados brasileiros e exportado para diversos países, Tacaratu também revela vocação especial para o turismo religioso. O Santuário de Nossa Senhora da Saúde, majestosa edificação em estilo gótico de quase cem anos, atrai anualmente mais de 70mil romeiros, devotos e religiosos para pagar promessas aos pés da milagrosa Mãe da Saúde. Tal devoção existe desde o Século XVIII, quando foi construída uma capela dedicada a Santa onde está o centro de Tacaratu. Assim, durante todo o ano, eventos religiosos e novenas acontecem por toda a cidade em homenagem à Santa, sendo a Festa de Nossa Senhora da Saúde, de 23 de janeiro a 02 de fevereiro, o momento de maior fluxo de fiéis e também de turistas que vêm atraídos pelos shows musicais que ocorrem nos dez dias de festa.

Outro grande potencial de Tacaratu é o ecoturismo, oferecendo a Cachoeira do Salobro (com altura de 100 metros e sete quedas), diversas serras e chapadas com belos mirantes, grutas, fontes e bicas. Entre as serras destaca-se a Serra do Cruzeiro, destino de muitos trilheiros que buscam a vista exuberante que a Serra proporciona de Tacaratu e Caraibeiras, especialmente no nascer e no pôr do sol, além da grande gruta, destino de pagadores de promessas e local histórico onde o bando do cangaceiro Lampião fazia parada sempre que Virgulino Ferreira visitava a cidade para pagar promessas à Nossa Senhora da Saúde, padroeira da cidade.

Por ser uma das cidades mais antigas do Brasil, se verificam em Tacaratu diversas tradições centenárias, tais como a presença de engenhos e casas de farinha do Século XVIII que produzem, respectivamente, o tijolo de engenho (iguaria com melaço, raiz de umbuzeiro e especiarias) e o beiju (feito com massa de mandioca e côco de ouricuri, embalado na palha da bananeira). Na arquitetura civil, encontramos construções do Século XVII E XVII, a exemplo dos chalés, sobrados coloniais, presentes no centro da cidade, e do casarão de pedras da Fazenda Cipó. Na cidade ainda resiste a tradição do Côco do Tebei, grupo de dança tradicional em que um coral de mulheres cantam e respondem lôas enquanto duplas de sertanejos dançam batendo os pés no chão de barro para “apilar” o chão das casas em construção.

Há grande riqueza cultural no município com apresentações de diversos folguedos durante os períodos culturais do ano. No período carnavalesco temos o frevo animando os bailes de carnaval. Na quaresma há encenações da Paixão de Cristo, novenas e procissões pela Via Sacra existente na trilha da Serra do Cruzeiro. No período junino Tacaratu tem uma festa tradicional, com forró pé de serra, Côco do Tebei e apresentações de quadrilhas tradicionais formadas por grupos da comunidade local. No período natalino há montagem do presépio, apresentações de reisado e pastoril.

Outra grande riqueza cultural de Tacaratu são as tradições do Povo Indígena Pankararu. São abundantes as manifestações de tradição indígena, como o toré, a festa do menino do rancho, a corrida do imbu e a dança da cansanção, estas últimas realizadas durante a Festa do Imbu. São ainda importantes atrativos a produção artesanal indígena Pankararu, com interessantes esculturas em madeira, produções em palha, em caroá, em cipó e a produção milenar de loiças, quartinhas e potes em cerâmica, esculpidos exclusivamente pelas mãos pelas loiceiras, sem auxílio de torno ou outros artefatos mecânicos.

Por ter um micro clima de brejo de altitude, região de mais humidade que as outras cidades sertanejas do seu entorno, Tacaratu é um verdadeiro pomar, com produção abundante de muitas frutas como a manga, o caju, o tamarindo, o mamão, o côco, a seriguela e o umbu. Por isso a produção de doces é bastante grande e diversificada, tais como o doce de caju (que lembra o caju em passa), doce de goiaba, doce de mamão, doce de côco, doce de leite, doce de leito com ovos, bolo de caco, cocada, tijolo de leite (tijolo de doce de leite), tijolo de engenho, beiju, chouriço, além licores diversos, com destaque para o licor de murici, do qual também se extrai a farofa.

A culinária típica da região é a sertaneja, com pratos como o ribacão, mais conhecido como baião de dois, bode guisado com pirão, bode assado, buchada de bode, galinha de capoeira, mungunzá salgado com costela, pirão de galo (também conhecido por cabeça de galo), cuscuz com charque e os diversos peixes de água doce, pescados nos municípios vizinhos de Petrolândia, Jatobá e Floresta, cidades banhadas pelo Rio São Francisco.

Por todas essas riquezas, podemos dizer que TACARATU É A TERRA DA REDE, DA FÉ, DAS SERRAS E DAS TRADIÇÕES, e está de braços abertos para receber os visitantes que querem vivenciar todas essas riquezas.

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